segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O nosso autor do mês

Lewis "Lew" Wallace (10 de Abril de 1827 – 15 de Fevereiro de 1905) foi um advogado, governador, General da União na Guerra Civil Americana, estadista americano e escritor, sendo sua maior obra a novela histórica Ben-Hur.

Ben Hur de Lewis Wallace

Na nossa próxima reunião, Gaspachos, vamos falar do Ben Hur. Espero que o estejam a "devorar" como eu o "devorei" e me voltei a lembrar de quando tinha a vossa idade e, depois de ler o livro, fui ver o filme ao cinema com os meus primos.

Já agora transcrevo-vos a opinião de um senhor que escreveu vários livros para crianças e jovens sobre vidas de pessoas célebres e que fala sobre esta obra. O senhor chamava-se Adolfo Simões Müller e diz assim:

«É mais uma edição do romance famoso de Lewis Wallace, "um conto que interrompe os brinquedos das crianças e prende adultos ao pé do fogo", como escreve Philipe Sidney. Trata-se de um romance-epopeia, da aurora do cristianismo, a epopeia da nossa própria civilização. Mais do que a aventura humana, está ali um livro que doutrina, da doutrina dos que salvaram o mundo. É um romance que mostra aos homens, como se diz no prefácio da edição, até onde pode ir a vontade e o amor. Este romance, celebrizado pela adaptação ao cinema, não perdeu o interesse nem a actualidade. Estão ali páginas vivas. Algumas, como as da chegada dos Magos a Belém, trazem-nos à memória as páginas imortais do "Suave Milagre". Este "Ben Hur", apesar dos anos volvidos sobre a sua aparição e da evolução sofrida pelo mundo, continua a ser uma obra que se lê com muito agrado - e proveito. Recomendável, pois» (LEITUR@GULBENKIAN).

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Primeira reunião dos Gaspacho-ano 2



Agora que já têm uma semanita de aulas em cima, habituadinhos às rotinas mais ou menos novas, podemos retomar as nossas sessões de conversa sobre leituras.
Quem já leu as histórias do
Menino Nicolau do Goscinny e do Sempé já tem alguma coisa para dizer na próxima quarta-feira, dia 26 às 15 horas na BPE. Se ainda não leram apareçam na mesma e podem inscrever-se e levar para lerem em casa o livro do próximo mês.
ATÉ QUARTA!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Boas Férias! Boas Leituras!

Já o arzinho de Verão andava pelo ar quando foi a última reunião dos Gaspacho à volta da Ilha do Chifre de Ouro do Álvaro Magalhães.
Esperemos que durante as férias continuem a requisitar livros na BPE e que para além do sol e das banhocas haja muitas leituras. Viram como os meninos de Estremoz brilharam na final do Concurso Nacional de Leitura?!
E, pronto, meus amigosleitores, boas férias e, em Setembro quando regressarem à Escola, estejam atentos aos panfletos da BPE sobre grupos de leitura.
Abraços e beijinhos
Cláudia

quinta-feira, 19 de abril de 2007

CONVITE PARA A MARATONA DE LEITURA

No sábado dia 21 de Abril, pelas 14 horas, tem início a MARATONA DE LEITURA comemorativa do DIA MUNDIAL DO LIVRO – 23 de Abril. A Biblioteca Pública de Évora e a orientadora dos GASPACHO DE LETRAS gostariam muito que o grupo viesse abrir esta maratona. Os textos que os nossos leitores vão poder ler serão facultados pela orientadora, ou escolhidos pelos meninos.
Agradecíamos que confirmassem a presença dos vossos filhos/nossos leitores, para o contacto pessoal da orientadora, até quinta-feira à noite. Obrigada!

Os Reinos do Norte...e dos Gaspacho!

Estes meus pequenos leitores são espectaculares!!! Com pouco tempo para ler o livro e a "minha" Carina devorou-o! E mais: conseguiu não dizer aos outros o que era afinal o Pó de que se fala nos primeiros capítulos! Pó Mágico? Pó de talco? Pó de perlimpimpim? Olhem, leiam o livro até ao fim que logo vêem!!!
O Ricardo ainda não tinha o livro (mas tinha uma grande dor de dentes, coitado! As melhoras!) mas vai com toda a certeza lê-lo.
É tão bom ter esta gente leitora e faladora nestes dias! Espero que aceitem o convite que lhes fiz para a Maratona da Leitura!

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Hoje é dia de reunião dos Gaspacho!

A escolha foi talvez feita pela capa e pela grossura do livro, não? Vai ser difícil tê-lo todo lido até logo à tarde, mas eu prometo que na nossa reunião das 15 horas não vou tirar nem um bocadinho do suspense que este livro do Philip Pullman tem!!!
Vamos ler alguns excertos, falar do que será que vai acontecer na empolgante história da Lyra e, se calhar, lembrarmo-nos de outros livros que já lemos...
Até logo

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Dia Internacional do Livro Infantil

Mensagem do 2 de Abril de 2007,
Dia Internacional do Livro Infantil


Nunca me hei-de esquecer de como aprendi a ler. Quando era menina, as palavras escapuliam-se diante dos meus olhos como pequenos escaravelhos negros cheios de pressa. Mas eu era mais inteligente do que elas. Aprendi a reconhecê-las apesar de tentarem escapar-me velozmente. Até que, por fim, consegui abrir os livros e entender o que lá estava escrito. Sozinha, tornei-me capaz de ler contos, histórias engraçadas e poemas.
No entanto tive surpresas. A leitura deu-me poder sobre os contos e de alguma forma também deu aos contos um certo poder sobre mim. Nunca lhes pude escapar. Isso faz parte do mistério da leitura.
Uma pessoa abre um livro, acolhe e compreende as palavras e, se a história for boa, ela explode dentro de nós. Aqueles escaravelhos que correm em linha recta de um lado para o outro da página em branco convertem-se primeiro em palavras e, logo a seguir, em imagens e acontecimentos mágicos. Ainda que certas histórias pareçam nada ter que ver com a vida real, ainda que nos conduzam a surpresas de toda a espécie e se distendam em múltiplas possibilidades, para um lado e para o outro, como pastilhas elásticas, no final as histórias que são boas devolvem-nos a nós mesmos. São feitas de palavras, e todos os seres humanos sonham ter aventuras com as palavras.
Quase todos começamos como ouvintes. Ainda bebés, as nossas mães e os nossos pais brincam connosco, dizem-nos rimas, tocam-nos as mãos («Pico pico maçarico quem te deu tamanho bico…») ou põem-nos a bater palmas («Palminhas, palminhas…»). Os jogos com palavras são ditos em voz alta e, quando somos crianças, escutamo-los e rimos com eles. Logo a seguir aprendemos a ler os caracteres impressos na página branca e, mesmo quando lemos em silêncio, há uma certa voz que está presente. A quem pertence esta voz? Pode ser a tua própria voz, a voz do leitor. Mas é mais do que isso. É a voz da história que vem do interior do próprio leitor.
É claro que há hoje muitas maneiras de contar uma história. Os filmes e a televisão têm histórias para contar, embora não usem a linguagem da maneira como o fazem os livros. Os escritores que trabalham em guiões de televisão ou de cinema são obrigados a utilizar poucas palavras. «Deixem as imagens contar a história», dizem os especialistas. Muitas vezes vemos televisão na companhia de outras pessoas, mas quando lemos quase sempre estamos sós.
Vivemos numa época em que o mundo está cheio de livros. Mergulhar nos livros à procura de alguma coisa, lendo-os e relendo-os, faz parte da viagem de cada leitor. A aventura do leitor consiste em descobrir, nessa selva de caracteres impressos, uma história tão vibrante que o transforme como que por magia. Uma história tão apaixonante e misteriosa que mude a sua vida. Creio que cada leitor vive para esse momento em que de súbito o mundo de todos os dias se altera um pouco, abre espaço a uma nova piada, a uma ideia nova, àquela nova possibilidade que é dada a uma determinada verdade de se exprimir pelo poder das palavras. «Sim, isto é mesmo verdade!», exclama aquela voz dentro de nós. «Estou a reconhecer-te!» A leitura é verdadeiramente apaixonante, não acham?

Margaret Mahy


MARGARET MAHY nasceu em Whakatane, Nova Zelândia, em 1936. Bibliotecária, decidiu dedicar-se a tempo inteiro à escrita, em 1980. Escreveu obras dirigidas a diferentes idades, cultivando géneros que vão do álbum para crianças pequenas ao romance juvenil, passando pela poesia e pelo texto dramático. É uma das mais premiadas escritoras da Nova Zelândia, tendo sido distinguida, em 2006, com o Prémio Hans Christian Andersen do International Board on Books for Young People (IBBY), o mais importante galardão mundial atribuído a um autor de literatura para crianças e jovens. Marcada pela riqueza poética da linguagem, a escrita de Mahy tem logrado exprimir, por vezes de modo metafórico mas sempre com extraordinária autenticidade, a experiência da infância e da adolescência. Encontra-se traduzida em numerosos idiomas, incluindo o português (O Rapaz dos Hipopótamos, Livros Horizonte). Outros títulos que publicou: Catálogo do Universo, Lembrança, Um Leão no Prado, O Homem cuja Mãe Era Pirata.

A Mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é uma iniciativa do IBBY (International Board on Books for Young People), difundida em Portugal pela APPLIJ (Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil) – Secção Portuguesa do IBBY.

quarta-feira, 21 de março de 2007

PRIMEIRA REUNIÃO DOS "GASPACHOS"

Estivemos 1 hora a falar sobre o Manelinho Caixadóculos! Nem todos o "gaspachos" tinham lido o livro todo. À Carina só lhe faltava o último capítulo... Grande leitora, sim senhora!
Também lemos em voz alta, um bocadinho cada um, um capítulo e mais uns parágrafos.
Querem deixar aqui um comentário, quando acabarem de ler o livro todo (ou quase todo, conforme)? E se quisessem dar ao livro "estrelas"? Entre 1 estrela e 5 estrelas, o que é que acharam?.
Eu acho que o livro merece 4 estrelas! Porquê? Porque, apesar de ser muito divertido e original, a tradução não está nada de especial (e nós os "gaspachos" sabemos do que estamos a falar...hi!hi!hi!) e até descobrimos um erro ortográfico! Uma pena!

Fico à espera dos comentários dos leitores do Manelinho Caixadóculos! Um abraço
Cláudia

HOJE É DIA MUNDIAL DA POESIA! HOJE CHEGOU A PRIMAVERA!

MISTÉRIOS DA ESCRITA

Escrevi a palavra flor.
Um girassol nasceu
no deserto de papel.
Era um girassol
como é um girassol.
Endireitou o caule,
sacudiu as pétalas
e perfumou o ar.
Voltou a cabeça
à procura do sol
e deixou cair dois grãos de pólen
sobre a mesa.
Depois cresceu até ficar
com a ponta de uma pétala
fora da Natureza.

Álvaro Magalhães

segunda-feira, 19 de março de 2007

O meu pai...

O meu pai é tímido e valente. É nervoso e não é: sabe rir. É justo e ganha dineiro. Quer saber as minhas notas e não ficou furioso por causa da fraca que tive em matemática.
O meu pai tem um livro de cheques. E não quis dizer-me por quem votou nas eleições. - O voto é secreto, e tu, aprende o segredo! - disse ele. De manhã anda sempre a pé, 3-4 quilómetros, e depois, para estragar tudo, segundo as palavras da mãe, bebe um café duplo.
O meu pai compra flores à minha mãe quando ela não faz anos. Tem menos férias do que eu. Vai lavar o carro à fonte, na descida da calçada, e deixa-me ajudá-lo.
É o meu pai.
Jorge Listopad, Álbum de Família, Afrontamento (1988).

domingo, 18 de março de 2007

As árvores e os livros

As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta de zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Jorge Sousa Braga, Herbário, Assírio & Alvim (1999)

sexta-feira, 16 de março de 2007

MANELINHO CAIXADÓCULOS

O nosso primeiro livro vai ser o Manelinho Caixadóculos da Elvira Lindo, publicado na Dom Quixote. Esperem até dia 21 de Março, dia em que vamos ter a nossa primeira reunião, para vos darmos conta das nossas opiniões. E, já agora, se também gostam de ler (e gostam, porque se não não estariam aqui) leiam o livro e dêem-nos a vossa opinião. Melhor: apareçam na próxima reunião. Basta procurarem na página da BPE - Biblioteca Pública de Évora e sabem o que é preciso fazer!
Boas leituras!